Geralmente o cristão que passa a viver em busca da prática do cristianismo puro, sem a mescla das tradições do Vaticano (posteriores aos preceitos ensinados por Jesus Cristo e pelos seus apóstolos) e dos preceitos de outra fé, é tido de forma negativa como fundamentalista. E o é, de certa forma,
A civilidade nos ensina a aceitar as pessoas diferentes de nós, a nossa própria humanidade nos ensina a respeitar as pessoas que pensam diferente de nós. Jesus Cristo foi além: ele diz para também amparar, assistir, cuidar, ensinar, ou seja, viver o amor oblativo, fraterno (ágape, philos num mundo em que se entroniza o eros e o amor a si mesmo) a todas as pessoas, especialmente às que são diferentes ou que pensam diferente de nós. Nos ensinamentos de Jesus, o Messias (Mashiach, משיח, enviado por Deus) isso é real e inegavelmente necessário. E não apenas cuidar dos parentes e amigos, como pensa a maioria dos cristãos.
Todas as religiões devem ser respeitadas, no entanto, os preceitos cristãos não ensinam o fiel a interagir espiritualmente com os preceitos de outra fé, não permitem aceitá-los para si, nem mesmo circunstancialmente. Nisso se resume a questão do cristão fundamentalista, ou seja, o cristão que não se afasta dos fundamentos da sua fé ser, às vezes, hostilizado até mesmo por cristãos mesclados ou ecumênicos. Em verdade o cristão de natureza primitiva não se sente fazendo parte de religião, mas um adorador do Criador, às vezes membro de uma comunidade, irmanados espiritualmente, que adora ao Pai.
Exemplos
de preceitos de exclusividade se vê em: “Disse Jesus: eu sou o caminho, a
verdade e a vida; ninguém vem ao pai a não ser por mim.”, “Porque há um só
Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem.” e: “Conhecereis
a verdade e a verdade vos libertará.”
Alberto
Magalhães
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