domingo, 1 de abril de 2012

A criação e a redenção do homem


O Senhor fez a terra, as águas salgadas e as doces, e os seus seres viventes. Com corpo físico e alma para sentir o corpo. A fauna recebeu o sangue e a flora, a seiva. Fez as árvores com seus frutos e as plantas com suas flores. Fez tudo com tantas formas, cores e aromas. Em tudo havia inteligência e amor. Fez as nuvens para regar a terra. Fez um astro para iluminar e aquecer o dia e outros astros para iluminar e embelezar a noite. Fez tudo redondo para não ter um fim. Fez o vento para empurrar as nuvens e distribuir os pingos da chuva. Pôs um sopro de canto no peito dos pássaros e aves e de voo nas suas asas. Então fez o homem para reinar. O fez com corpo humano, alma e espírito. Fez com que cada corpo e alma nascessem de outro corpo (e homem e mulher se fizeram um na concepção do filho) e o espírito viesse DELE, que brinda cada humano com seu sopro espiritual dando-lhe consciência e entendimento. Fez os relâmpagos e os trovões para lembrar que um dia repreendeu a humanidade com muitas águas. E fez o arco íris para mostrar que lhe deu uma segunda oportunidade. Deu à humanidade patriarcas, profetas, sacerdotes, leis sagradas com seus mandamentos e ensinamentos e providenciou um Redentor para refazer o elo quebrado com ELE. Esse Redentor é homem, gerado de mulher, porque o homem deve expiar o mal que praticou, mas Ele foi gerado pelo excelso Criador (divinamente, não humanamente) para se tornarem um n’Ele e assim poder unir o criador à criatura. O Redentor da humanidade, então, tem a parte divina e a parte humana. Como ente divino tem pai espiritual, mas não tem mãe, como ente humano tem mãe biológica (Maria, de Nazaré – noiva de José, de Belém) e não tem pai biológico. O seu sacrifício entregue por si mesmo como oferenda pelo pecado foi aceito pelo Criador para cobrir o pecado do homem, ou seja, a desobediência aos preceitos divinos. O homem estava sentenciado a morrer para sempre, primeiro fisicamente e depois espiritualmente. A morte do Redentor foi aceita como substituição em favor da humanidade para livrá-la da morte espiritual futura. “O cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Ele, como homem – sob a força do seu Espírito, venceu o mal em si mesmo e foi apresentado a Deus como sacrifício vivo, perfeito, imaculado, suficiente, completo e definitivo. E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados.” Como a morte veio por um homem – Adão, a vida veio também por intermédio de um homem – Jesus, o segundo Adão. "O primeiro, alma vivente, o segundo, Espírito vivificante". Quem pode crer, creia nessa palavra. O nosso espírito nos é dado na hora da concepção, o d’Ele existia antes da fundação do mundo. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.”

O cordeiro de Deus, com o seu sacrifício pessoal, foi o cordeiro pascal (da páscoa do povo de Deus) definitivo e fez cessar todos os sacrifícios espirituais realizados, os validou e substituiu e agora homologa e aperfeiçoa cada conversão plena da criatura ao seu criador. Para voltarem a ter um contato transparente, íntimo, profundo, transformador, pleno e eterno. Naquele dia em que o mal será aniquilado no universo criado, porque a sua fonte já estará aniquilada, ou seja, aquele que lhe dá vida, aquele que é o autor da natureza contrária à original, e que trás o estado de escravidão espiritual ao homem. O querubim das pedras de fogo - com os seus anjos caídos - é o autor dessa natureza decadente e a aquele que fará o Criador provar a sublimidade, sabedoria, majestade, compaixão, misericórdia e amor do Seu ser por aqueles que o amam. O sacrifício do cordeiro de Deus é um sacrifício permanente e é o instrumento de salvação espiritual para aqueles que participam desse ritual sobrenatural apresentando-o a Deus por si – em seu lugar - e recebendo o Seu Espírito que é dado para selar o pacto. Segue-se o batismo como confissão pública, a ceia como participação no corpo e no sangue dados como propiciação pelos pecados e a obediência aos preceitos das escrituras sagradas como testemunho da novidade de vida. “Toda a lei se resume a isso: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. “Aquele que quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e me siga”. “Muitos creram n’Ele mas não o seguiam, porque amaram mais a glória do mundo do que a glória de Deus”. “E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e desejos”.

“Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.”

Alberto Magalhães

Fonte: Escrituras Sagradas.